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A Pascoa, para o cristão, representa a passagem. Passagem da morte para a vida, com a Ressurreição de Cristo, passagem de uma vida de desesperanças para uma vida de confiança, passagem da condenação para a Redenção. Neste momento, vivemos no Brasil e, de resto, em todo o mundo, um momento de idolatria da morte, de desesperança e condenação. Haja vista, a intolerância (religiosa, de gênero, política), os atentados que se proliferam, ceifando vidas e perpetuando a dor, os julgamentos precipitados e parciais que fazemos de nossos irmãos de espécie. Se você é cristão (ou se diz cristão) está mais do que na hora de "acordar", numa ressurreição coletiva, e valorizar mais a vida, o entendimento, a esperança, a fraternidade e caridade de ver o "outro" e de agir com o "outro", como quereria que agissem com você. Ser cidadão e cristão e cristão-cidadão é antes de mais nada aprender a ouvir, respeitar, aceitar, tolerar e agir com imparcialidade para com todos da sua espécie. É dobrar-se numa contemplação interior e, em fazendo isto, comtemplar a sua própria miserabilidade, sua própria falibilidade, seus conflitos, dúvidas e angustias e redescobrir que ninguém, em sã consciência, é digno de "atirar a primeira pedra"... de sequer atirar um pedrisco! Feliz Páscoa com mais amor, mais tolerância, mais caridade e mais altruísmo!